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Música

Trajetória: O legado e o futuro da família SHINee em 15 anos de história

No dia 22 de maio de 2008, o mundo conhecia um grupo de 5 garotos cantando sobre uma charmosa mulher mais velha. Em 2023, 15 anos depois, eles estão consagrados como um dos grupos mais duradouros e unidos do k-pop. Estamos falando do SHINee.



O início

O caminho do SHINee já apontava para o sucesso desde o seu nome: uma mistura entre “shine” – “brilhar” em inglês – com o sufixo “ee” que resultou em um significado de “aquele que recebe a luz”. Mas eles vão muito além disso e são, eles próprios, o brilho.

Para formar este time, os escolhidos foram: Lee Jinki (assumindo o posto de líder sob o nome artístico Onew), o vocalista principal Kim Jonghyun, o rapper Kim Kibum (que assumiu o nome de Key porque, curiosamente, já havia outro idol na SM Entertainment com o mesmo nome no SUPER JUNIOR), o rapper/visual Choi Minho e o maknae Lee Taemin.

Em uma entrevista registrada pelo portal Newsis poucos dias depois do debut, os cinco falaram sobre seus talentos individuais e bastante precoces:

Eu danço desde que estava no terceiro ano do Ensino Fundamental. Gosto muito de dançar. Mesmo agora, sempre que tenho tempo, procuro vídeos de dança para aprender“.
Taemin

 “Quando entrei no Ensino Médio, o desejo de cantar começou a pesar de repente. Gosto muito de cantar. Fiz o cadastro e fui aceito lá [na SM] e me juntei ao SHINee“.
Onew

Desde que eu estava na Pré-escola, escolhi cantar como meu futuro sonho“.
Key

Fui convocado por acidente. Desde que eu era mais novo, gostava de mostrar outras coisas. Além disso, tinha um sonho de me tornar um cantor, então fiquei muito feliz quando fui selecionado“.
Minho

Eu fazia parte de uma banda desde o Fundamental 2“.
Jonghyun

Apesar de talentosos, o começo da jornada não foi fácil por causa das personalidades fortes dos membros. Eles apontaram que era comum acontecer pequenos conflitos entre eles que, provavelmente, também foram motivados pela pouca idade que tinham quando debutaram, já que todos ainda eram adolescentes.

Porém, todos os pequenos obstáculos foram superados e, após três anos de treinamento, eles finalmente foram apresentados ao mundo como o SHINee.


A exaltação dos talentos dos membros não foi a toa porque eles já ganharam destaque no mundo do entretenimento no próprio ano de 2008. Meses após o lançamento do mini álbum Replay, o grupo já garantiu os primeiros prêmios da carreira ao vencerem os prêmios para artistas novatos no Cyworld Digital Music Awards e no Mnet 20’s Choice Awards.

Aproveitando a maré de boa sorte, eles lançaram o álbum The SHINee World em agosto e no mês seguinte garantiram a primeira vitória em programas musicais no M Countdown. Um grande começo para uma trajetória que estava a ponto de se tornar ainda mais bem sucedida.


A consagração e o debut no Japão

O grupo iniciou o ano de 2009 com o lançamento do mini álbum Romeo e o single “Juliette”. Mas foi o seguinte – 2009, Year of Us – que começou a colocar o grupo nos corações e, principalmente, nas mentes do grande público.

O single “Ring Ding Dong” é até hoje considerado uma música proibida para estudantes antes de provas por causa de sua letra chiclete. Apesar desse detalhe, é o MV mais assistido do grupo com mais de 160 milhões de visualizações.


Em 2010, ocorria a primeira virada na carreira do grupo. Com o lançamento de Lucifer, eles alcançaram números altos de vendas e mostraram uma nova e única faceta o público. Em entrevistas na época do lançamento, as sigularidades dos membros foi mais uma vez destacada e o grupo foi rotulado como artistas que ditam tendências.

Com a Coreia ficando pequena para o grupo, era hora de cruzar a fronteira e promover no Japão, sem dúvida um dos públicos mais fiéis do SHINee até hoje. Além dos álbuns, o país também já recebeu turnês inéditas e diversos singles especiais do grupo.

Após um longo e bem-sucedido período de promoções no Japão, o grupo retornou à Coreia para lançar outro marco temporal em sua discografia: Sherlock, que já começava com o anúncio “SHINee’s back” (o SHINee está de volta“).

E como estava! O single principal homônimo do mini álbum trazia a junção de duas faixas que se encaixavam tal como um quebra-cabeça. O MV da faixa também trazia o quinteto resolvendo mistérios com a participação de Jessica (Girls’ Generation). A era ficou marcada também pela coreografia icônica e considerada uma das mais complexas do k-pop.


A fase do experimentalismo

Se o SHINee era um artista que dita tendências, nada mais justo que demonstrar isso. Foi o que aconteceu na próxima era do grupo.

A ideia de juntar duas faixas em uma cresceu e foi usada em álbuns. A dupla Dream Girl – The Misconceptions of You e Why So Serious? – The Misconceptios of Me foram lançadas separadamente e, em seguida, compiladas em um mega álbum de 20 faixas: The Misconceptions of Us.

A tríade de lançamentos marcou a história do grupo em todos os sentidos, das faixas e sonoridades até os figurinos. Com toda a versatilidade e ousadia, o SHINee abraçou o experimentalismo e escreveu de vez seu nome entre os grandes atos já produzidos no k-pop.


Seguiram-se os lançamentos do mini álbum Everybody, outra coreografia que viralizou entre os fãs, e do 4º álbum Odd bem como do repackage Married to the Music.

Após a fase do experimentalismo, o SHINee aposto no conceito retrô com o lançamento do colorido álbum 1 of 1 que mais tarde ganhou toques mais românticos no repackage 1 and 1.


O membro para a eternidade

O ano de 2017 começou com o lançamento do álbum japonês Five e mais uma longa e bem-sucedida turnê com 25 shows pelo país que atraiu mais de 400 mil fãs e terminou com dois shows em setembro. Outros shows ainda ficaram marcados para fevereiro de 2018, mas, antes disso, a história do grupo e do k-pop como um todo foi mudada para sempre.

Jonghyun faleceu após ser encontrado inconciente em seu apartamento pela sua irmã, que estranhou uma série de mensagens enviadas por ele. Imagens do funeral do cantor causaram comoção mundial e atraiu críticas do público sobre o quão desgastante a indústria do entretenimento pode ser.

Em uma tentativa de lutar contra isso e também manter vivo o legado do artista, a família de Jonghyun abriu a Shiny Foundation, que fornece apoio psicológico a jovens em um país onde a saúde mental ainda é considerada um tabu.

Apesar da sua partida, Jonghyun deixou materiais inéditos gravados que foram usados tanto nos lançamentos do SHINee quanto compilados no álbum póstumo Poet | Artist, lançado em 2018.

Os dois concertos japoneses marcados anteriormente foram cogitados de serem cancelados ou adiados, mas o grupo resolveu seguir com a agenda. A primeira vez que subiram ao palco em formação de quarteto foi carregada de lágrimas de Onew, Key, Minho e Taemin bem como dos fãs ao redor do mundo.

Em maio, a SM Entertainment anunciou o lançamento da trilogia The Story of Light, contendo homenagens a Jonghyun. Entre as faixas, destaca-se “Lock You Down”, que conta com os vocais do membro para a eternidade.


Após o lançamento de toda a trilogia e da sua versão repackage, o grupo começou seu período de hiato para que seus membros cumprissem o serviço militar.


O retorno e o futuro

O SHINee só retornou aos holofotes em 2021 após a dispensa de Onew, Key e Minho. Junto a Taemin, o grupo lançou Don’t Call Me, o 7º álbum da carreira. Pouco depois do lançamento, foi a vez do caçula precisar dar um breve adeus aos fãs para cumprir suas obrigações militares.

A data foi calculada para que Taemin retornasse a tempo de comemorar os 15 anos de carreira do grupo. E deu certo. Além de um fanmeeting para acalmar a saudade dos fãs, o grupo anunciou um show com transmissão on-line e o lançamento do seu 8º álbum – HARD – previsto para chegar no dia 26 de junho, um dia antes do primeiro show do “SHINee WORLD VI [PERFECT ILLUMINATION]”.


Os talentos solos e o plágio

Reforçando as singularidades de seus membros, os membros do SHINee também seguem carreiras solo com conceitos que mais se adequam a cada um deles.

O primeiro a se aventurar solo foi Taemin, com o lançamento de ACE em 2014. Tendo sido o pioneiro nesse quesito, o caçula é dono de uma das discografias com mais lançamentos do grupo e conta com faixas icônicas como “Move”, “Criminal” entre outras. Seu estilo destaca seu enorme talento para dança e traz elementos sensuais e dark.

No ano seguinte, foi a vez de Jonghyun. Compositor nato, o cantor pôde explorar diferentes estilos e melodias, indo da mais tranquilas – como “End of a day” – até mais alegres, como o hit “She is”. O talento em escrever letras não ficou apenas guardado para si e para seu grupo, ele também tem sucessos cantados por artistas dentro de fora da SM Entertainment.

Após o lançamento, uma “coincidência” acabou virando marca registrada dos solos dos membros. Jonghyun copiou exatamente o mesmo design de ACE e criou a moda que – spoiler – foi copiada também por seus companheiros.

Em 2018, foram dois debuts solos. O primeiro deles foi de Key que, após o lançamento do pré-single “Forever Yours”, apresentou ao público o álbum FACE. Cameleônico, o rapper escolheu seguir uma sonoridade com toques de eletrônico antes de seguir no estilo oitentista e retrô. Os álbuns físicos também seguem a estética das faixas e foram lançados em formatos lembrando vitas VHS e até mesmo disquetes. Mas qual foi a capa escolhida para o álbum debut? Isso mesmo: a “plagiada”.

Pouco depois, Onew precisou correr com o lançamento de VOICE para deixar um presente aos fãs antes de seu alistamento. O lançamento trouxe faixas calmas que casaram perfeitamente com a voz suave do vocalista principal do quinteto. Após sua dispensa militar, ele retornou com faixas mais dançantes sem perder o destaque do elemento que o fez uma dos principais elementos do SHINee.

Com quatro quintos do grupo com solos, ficou a dúvida: e Minho? O cantor pareceu sempre focar seus trabalhos solos na atuação, mas em 2022 lançou seu mini álbum CHASE. Já que estamos falando de um talento duplo, nada melhor que um MV cheio de mistério digno de cinema para acompanhar. Com isso, foi fechada a saga do plágio do SHINee.

A fórmula que deu origem ao SHINee pode até parecer óbvia, mas foi o talento e a versatilidade dos seus membros que tornaram o quinteto uma referência no k-pop e na música. Os 15 anos de sucesso só provam que eles ainda têm surpresas de sobra para continuar neste posto por muito mais tempo. E dos fãs fica a promessa de sempre estar lá sempre que eles retornarem. Mais do que nunca: o SHINee está de volta e lá estaremos nós.

Fonte: (1), (2), (3), (4), (5), (6), (7), (8)
Imagens: SM Entertainment
Não retirar sem os devidos créditos.

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