Nos últimos meses, fãs de K-pop e a indústria musical acompanham a disputa (ao menos sua parte pública) entre HYBE e Min Hee Jin, antiga CEO da subsidiária ADOR, agência do NewJeans. Em meio aos rumores de que Min Hee Jin estaria tentando tornar a ADOR um selo independente, a HYBE abriu uma auditoria na subsidiária, o que deu início a uma série de acusações, coletivas e notas à imprensa dos dois lados.
Leia também:
Min Hee Jin processa cinco executivos da HYBE por difamação e HYBE responde
Até mesmo a Dispatch entrou no meio da confusão ao publicar os detalhes do processo que levou Min Hee Jin ao posto de principal mentora de Minji, Hanni, Danielle, Haerin e Hyein, que formam o NewJeans, e de como ela aproveitou o sistema de trainees da HYBE.
Em meio aos acontecimentos, as mães das integrantes do NewJeans se pronunciaram, defendendo Min Hee Jin e falando sobre a situação das filhas na Source Music durante sua época de treinamento, o que mostrou qual lado as integrantes estavam tomando e que a disputa está cobrando um preço alto emocionalmente das artistas — que ainda são muito novas.
A HYBE é dona de 80% das ações da ADOR e os outros 20% pertencem à Min Hee Jin e outros gerentes do selo. Recentemente, a ADOR retirou Min Hee Jin do cargo de CEO e colocou Kim Joo Young em seu lugar.
Após a destituição de Min, as próprias integrantes vieram a público, em uma transmissão ao vivo no YouTube em um canal já deletado, mostrando sua insatisfação com a situação, contando que não a empresa não ouviu suas opiniões e denunciando a forma com que funcionários da HYBE e a nova CEO da ADOR estavam tratando-as. Além disso, elas também fizeram uma demanda: a reposição de Min Hee Jin ao cargo de CEO até o dia 25 de setembro. Oficialmente, a HYBE não respondeu ao NewJeans.
A disputa entre HYBE e Min é também sobre o controle da carreira do NewJeans, e envolve os sentimentos e emoções das integrantes, sua incerteza com o futuro e carreira, e também questões financeiras para a agência. É essencialmente uma disputa de negócios. O grupo é muito lucrativo, dominou o cenário musical desde sua estreia em 2022 e em pouco tempo fez acordos com marcas importantes — como grupo e individualmente, incluindo Gucci, Levi’s e Coca-Cola, e até participou da abertura da final do Mundial de League of Legends de 2023.
Agentes da indústria musical parecem ter chegado a três opções possíveis para o NewJeans se a data limite estipulada pelo grupo passar e a HYBE rejeitar sua demanda: iniciar o processo legal para cancelar seu contrato exclusivo com HYBE, pagar a multa por quebra de contrato, ou permanecer na ADOR e manter seu atual contrato de exclusividade. Até agora, o clima na indústria do entretenimento está pendendo para a opção em que o NewJeans vai ao tribunal.
Alguns analistas financeiros estimam que o NewJeans seja responsável por 14% dos lucros operacionais da HYBE neste ano e ainda que o prazo dado pelo grupo não tenha encerrado e nenhuma das partes tenha se manifestado novamente, a HYBE já sente os reflexos dos últimos meses de brigas públicas — suas ações continuam a cair e sua marca sofreu uma perda de prestígio.
Leia também:
ADOR divulga declaração sobre acusação de plágio e atuação da HYBE em suas relações públicas
Fonte: (1), (2), (3), (4)
Imagem: ADOR
Não retirar sem os devidos créditos.