De acordo com os resultados de uma pesquisa sobre os motivos para adiar o casamento realizada pela Associação Coreana de Saúde e Bem-Estar da População (KoPHWA), divulgada em 14 de abril, os homens se sentem mais sobrecarregados por fatores econômicos, enquanto as mulheres estão mais preocupadas com estruturas familiares patriarcais e potenciais contratempos em suas carreiras.
A pesquisa foi realizada em outubro de 2024 com 2.000 participantes entre 20 e 44 anos. A amostra foi dividida igualmente, com 500 homens solteiros, 500 mulheres solteiras e um número igual de entrevistados casados.
Entre os participantes solteiros, 41,5% dos homens e 55,4% das mulheres disseram que não tinham planos de se casar ou ainda não haviam decidido.
Quando questionados sobre os motivos pelos quais hesitavam ou não queriam se casar, 25,4% dos homens afirmaram que o fardo financeiro da vida conjugal era muito alto, 19,3% disseram preferir morar sozinhos, 12,9% disseram querer se concentrar na carreira, 12,1% disseram não conseguir encontrar um parceiro adequado e 10,4% alegaram renda insuficiente.
As mulheres mais frequentemente afirmaram não conseguir encontrar um parceiro que atendesse às suas expectativas, com 19,5%, e 17% preferiram morar sozinhas, 15,5% priorizaram o trabalho em vez do casamento, 12,3% não gostaram de estruturas familiares patriarcais e 11,6% citaram o custo financeiro do casamento.
A diferença entre homens e mulheres foi mais significativa em duas áreas: os homens tiveram 13,8 pontos percentuais a mais de probabilidade de citar o custo do casamento e 7,2 pontos percentuais a mais de probabilidade de mencionar a baixa renda. As mulheres, por outro lado, estavam mais preocupadas com as pressões culturais e o risco de interrupção da carreira.
Os dados apontam para uma tendência crescente a evitar o casamento tanto para homens quanto para mulheres devido à preferência pela vida de solteiro e pelo foco em suas carreiras. Essa diminuição da importância do casamento como objetivo de vida mostra uma mudança social.
A pesquisa também destacou diferenças no que homens e mulheres solteiros esperam de seus futuros cônjuges.
Entre os homens solteiros, 97,3% disseram que a esposa deveria participar ativamente das tarefas domésticas e da criação dos filhos. Entre as mulheres solteiras, 86,6% concordaram com esta visão.
Quando questionadas se o marido deveria ter condições de garantir um imóvel para aluguel, as mulheres tiveram 6,5 pontos percentuais a mais de probabilidade de responder afirmativamente.
A relutância em se casar também se refletiu nas atitudes em relação a ter filhos. Um total de 41,6% dos homens solteiros e 59,1% das mulheres solteiras disseram que não pretendiam ter filhos ou que ainda não tinham decidido.
O motivo mais comum foi o peso financeiro da criação dos filhos, citado por 34,1% dos homens e 23,2% das mulheres. O segundo motivo mais comum foi a preocupação de que os filhos pudessem não ser felizes (23,7% dos homens e 23,6% das mulheres).
A KoPHWA afirmou que “o casamento não é mais visto como uma escolha de vida obrigatória. Em vez disso, os indivíduos estão tomando decisões com base em seus próprios valores e circunstâncias de vida”.
Essa tendência é particularmente evidente entre as mulheres. Em vez de incentivar o casamento à força, é crucial apoiar os indivíduos para que não sejam obrigados a desistir do casamento por motivos externos.
Fonte: (1)
Imagem: The HK Photo Company via Unsplash
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