Nos últimos dias, os jornais sul-coreanos divulgaram que o capitão da seleção sul-coreana de futebol e atacante do Tottenham Hotspur F.C., Son Heung-min, foi chantageado por uma mulher e um homem, que alegaram que ela estava grávida dele.
De acordo com a Delegacia de Polícia de Gangnam, em Seul, a mulher, identificada como Yang, foi detida sob a acusação de chantagem e o homem, Yong, foi preso sob suspeita de tentativa de chantagem. Os investigadores também realizaram buscas em suas residências e emitiram mandados de prisão para os dois suspeitos.
Anteriormente, uma reportagem do Chosun Ilbo contou que Son manteve um relacionamento com a mulher e em junho de 2024, ela lhe enviou uma imagem de ultrassom, alegando estar grávida. A mulher extorquiu 300 milhões de wons de Son, ameaçando tornar pública a suposta gravidez. Son atendeu à exigência. Após receber o dinheiro do jogador, ela também teria assinado um compromisso por escrito de não revelar o assunto publicamente.
Nesta terça-feira (20), o Dispatch revelou em uma reportagem exclusiva que a ex-namorada de Son Heung Min admitiu não ter ideia de quem era o pai do bebê que ela acabou abortando.
A reportagem investigou as circunstâncias em torno da gravidez da ex-namorada de Son Heung Min e do escândalo de chantagem. Anteriormente, o jogador acusou Yang de forjar a gravidez. Em uma conversa entre Yang e o chantagista Yong, ela admite que não sabia quem era o pai.
O Dispatch informou que Yang estava tendo relações sexuais com dois homens na época de seu namoro com o jogador de futebol. O “primeiro homem” era um empresário, e o “segundo homem” era Son Heung Min. Yang acabou contando aos dois homens sobre sua gravidez. O empresário não respondeu, mas Son respondeu. Yang enviou a Son uma foto de seu teste de gravidez e de como seus níveis de hormônio hCG estavam em 5000 mUI/mL, afirmando que estava “grávida de 5 ou 6 semanas”.
Segundo o Dispatch, o caso envolve três pessoas:
- Ex-namorada “Yang” — Uma mulher de 29 anos que trabalha como modelo freelancer. Ela conheceu Son Heung Min por meio de um conhecido em comum. Em maio de 2024, ela estava saindo com outro homem.
- Chantageador “Yong” — Um homem de 41 anos com condenação anterior por extorsão. Ele tem grandes tatuagens na parte superior do corpo. Ele conheceu Yang no final de 2024. Ele liderou o processo da segunda tentativa de chantagem.
- Xamã “C” — Uma xamã famosa, ela previu a gravidez de Yang em junho. Como sua previsão estava correta, Yang confiou nela. Ela até acompanhou Yang ao seu aborto e recebeu dela 80 milhões de wons coreanos.
A reportagem resumiu a situação inicial: Son Heung Min e Yang tiveram uma relação sexual, na qual ela engravidou. Yang exigiu 300 milhões de won e Son concordou em pagar. Em 24 de junho de 2024, Yang se encontrou com Son e seu empresário. Ela já havia decidido fazer um aborto e confirmou o recebimento do dinheiro; ela realizou o aborto um dia depois. Após o aborto, nenhuma das partes entrou em contato novamente, aparentemente encerrando a situação. Então Yong apareceu na vida de Yang.
Em dezembro de 2024, Yong conheceu Yang graças a uma conexão feita pela Xamã “C”. Ele declarou ao Dispatch em abril de 2025 que eles começaram a namorar em janeiro de 2025.
Yong também tentou entrar em contato com Son Heung Min para fazer um acordo, exigindo mais 70 milhões de wons e ameaçando tornar pública a alegação de falsa gravidez. Ele alegou que, como Son engravidou “sua namorada” no passado e com uma multa tão alta pairando sobre ela, não poderia se casar com ela.
O lado de Son não respondeu às ameaças de Yong, e assim ele acabou mudando de lado, se oferecendo para ajudar o lado de Son a processar Yang por fraude e extorsão, com registros de chamadas e mensagens de texto como prova. Mas tudo o que o lado de Son descobriu com isso foi que Yang estava se encontrando com dois homens na época e não sabia de quem era o filho.
O Dispatch também rastreou os movimentos de Son e Yang naquela época. Son chegou à Coreia do Sul em 23 de maio de 2024 para as eliminatórias asiáticas da Copa do Mundo de 2026. Naquele dia, Yang não estava na Coreia, mas sim no Japão, em viagem com o “primeiro homem”, o empresário. Ela retornou do Japão em 30 de maio e contatou Son. Os únicos momentos em que se encontraram teriam sido 31 de maio e 1º de junho, já que o jogador partiu para Singapura em 2 de junho.
A reportagem ainda abordou as interações de Yang com outras pessoas. Ela se baseava fortemente em rituais e práticas xamânicas, discutindo a maior parte de sua vida com a Xamã “C”. Yang enviou 80 milhões de won dos 300 milhões que recebeu de Son para “C”. Ela gastou 30 milhões de won em três rituais xamânicos, ofereceu 25 milhões de won à sua avó espiritual e presenteou 25 milhões de won como um agradecimento a “C”. Elas também foram às compras juntas, gastando um total de 19,9 milhões de won em uma loja de departamentos.
Para o Dispatch, a xamã “C” afirmou que Yang queria viver uma vida tranquila e se concentrar em seu próprio trabalho, e não queria mais falar sobre Son Heung Min. “C” também negou qualquer envolvimento na segunda e mais recente chantagem contra Son, insistindo que Yong estava manipulando e aplicando gaslighting em Yang.
No último sábado (17), Yang foi o centro de uma polêmica sobre uma possível violação dos direitos humanos depois que a mídia a fotografou amplamente a caminho de sua audiência de prisão preventiva.
Quando ela saiu do veículo de transporte policial e tentou cobrir o rosto com uma pasta, uma policial que estava ao seu lado pegou a pasta, e o momento rapidamente se tornou viral on-line.
Yang ficou exposta diante dos repórteres, mas entrou no tribunal sem responder nenhuma pergunta. Ela apareceu algemada e vestindo um agasalho, e também usava uma máscara facial, mas sem chapéu, o que deixou grande parte do rosto exposta. A situação levou a críticas de que a polícia falhou em proteger adequadamente os direitos dela, com alguns argumentando: “Ela nem é uma assassina“.
A questão atraiu ainda mais atenção em contraste com Yong, que também compareceu ao tribunal naquele dia para uma audiência de mandado. Ele cobriu o rosto com uma máscara e um chapéu.
A disparidade reacendeu o debate sobre justiça, especialmente quando comparado a casos anteriores, em que até mesmo criminosos graves receberam proteção excessiva. Nas redes sociais surgiram diversos comentários: “Até criminosos violentos estão completamente cobertos da cabeça aos pés“, “Suspeitas são exibidas algemadas em transmissões ao vivo” e “Não é um direito básico ser presumido inocente?“.
De acordo com a Agência de Notícias Yonhap, Yang não pediu um chapéu à polícia. Suspeitos costumam usar chapéus para cobrir o rosto diante da imprensa e a polícia teria dois chapéus sem marca à disposição para tais situações. No caso de Yong, ele pediu e recebeu um chapéu para esconder o rosto.
Yang também não usava as roupas com as quais foi presa. As autoridades acreditam que ela vestiu suas próprias roupas antes de ser transportada.
A polícia não possui regras específicas de vestimenta para suspeitos detidos, o que lhes permite trocar de roupa após a prisão.
Quanto à pasta que Yang usou para cobrir o rosto, ela supostamente continha o pedido da polícia para sua prisão preventiva. Yang a pegou sem dizer nada, o que levou os policiais a retirá-la.
O caso envolvendo Son, Yang e Yong sendo investigado pela polícia.
Fonte: (1), (2), (3), (4), (5)
Imagem: Dispatch, Xportsnews
Não retirar sem os devidos créditos.