Nesta quinta (19), a Promotoria do Distrito Central de Seul indiciou Yoo Ah In por quatro delitos: uso de drogas, destruição de evidências, violação da Lei Médica e fraude. O ator vinha sendo investigado desde meados de fevereiro quando foram encontrados registros de diversas aplicações de propofol em seu nome.
Entre setembro de 2020 e março de 2022, Yoo recebeu 181 doses do medicamento em diferentes hospitais em Seul. Segundo as investigações, ele ia até os estabelecimentos para fazer procedimentos estéticos. Além do propofol, exames toxicológicos feitos no ator encontraram traços de outros três sedativos em seu organismo: zolpidem, midazolam e alprazolam.
Entre maio de 2021 e agosto de 2022, Yoo fez 44 compras de soníferos, adquirindo mais de 1000 pílulas de dois medicamentos diferentes. As compras eram feitas utilizando nomes de terceiros, o que se caracteriza como uma fraude.
O ator também foi acusado por uso de maconha durante uma viagem que fez aos Estados Unidos em janeiro deste ano. Outros quatro amigos que estavam junto de Yoo também teriam consumido a substância e também foram investigados. Um deles – identificado apenas pelo sobrenome Choi – já foi julgado por três acusações, incluindo uso de drogas e ameaça.
A Promotoria descobriu que um YouTuber – identificado como Yang – que também era amigo de Yoo deixou a Coreia com a ajuda do ator e de outros envolvidos para fugir da justiça. Na tentativa de esconder os crimes, testemunhas foram ameaçadas e forçadas a mudar depoimentos.
Em setembro, a justiça negou um pedido de um mandado de prisão para o ator. A Promotoria temia que ele pudesse tentar destruir evidências importantes para a investigação, mas o tribunal garantiu que já haviam provas suficientes para manter o caso.
Com o indiciamento de hoje, o caso de Yoo será enviado para julgamento sem pedido de prisão. Apesar disso, a Promotoria planeja continuar com as investigações sobre o uso de cocaína – uma das sete substâncias acusadas nos exames toxicológicos – e segue na tentativa de prender os comparsas que fugiram do país para que também sejam investigados.
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Imagem: MK Sports
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