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Youtuber sul-coreano muçulmano tenta construir mesquita em Incheon

Nesta semana, o youtuber sul-coreano Daud Kim apareceu em diversas manchetes não pelos milhões de seguidores que sustenta em seu canal na plataforma, mas por estar planejando construir uma mesquita na cidade de Incheon.

O influenciador se converteu ao Islamismo em 2019 e começou a fazer vídeos com registros de sua vida como seguidor da religião. Desde então, ele já ultrapassou 5 milhões de seguidores no YouTube e sustenta mais 3 milhões no Instagram.

No dia 11 de abril, Kim postou um vídeo nas redes sociais anunciando que havia comprado um terreno para construir uma mesquita na Coreia do Sul. No registro, ele agradece aos seus seguidores e pede ajuda para poder iniciar as obras.

Ele escreveu: “Finalmente, com a ajuda de vocês, assinei o contrato para construir uma Masjid [mesquita] em Incheon. Este lugar em breve se tornará uma mesquita. Não acredito que este dia chegou… planejo construir um local de oração e um podcast islâmico para Da’wah para os coreanos“.

Segundo o contrato, a área possui  284.4 metros quadrados e foi adquirido por 189,2 milhões de wones (quase R$ 720 mil).

Apesar do primeiro passo já ter sido dado, as futuras obras já enfrentam uma série de problemas. Um deles é que Kim ainda não assinou nenhum documento registrando-se como dono do terreno. Além disso, ele precisará obter uma permissão para que o prédio seja utilizado como local de encontros religiosos. Esta papelada pode ser dificultada devido às condições dos arredores do terreno, que levam em consideração até mesmo fatores como a condição das ruas e estradas, e podem ser um obstáculo para o influenciador.

Outro fator foi cortesia dos moradores dos arredores, que assinaram uma petição pedindo que a construção não seja iniciada. Em outros casos separados, moradores conseguiram suspender a construção de uma mesquita em Daegu em 2021.

Dentre as reclamações, estavam fatores como barulho e poeira produzidos pela obra. Porém, a lista também incluía reclamações sobre o cheiro da comida estrangeira sendo preparada e o som das orações, fazendo com que muitos considerassem as queixas como islamofobia.

Em outro caso, pais de alunos fizeram protestos contra a aceitação de alunos afegãos em uma escola localizada em Ulsan.

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Estudantes afegãos são alvos de protestos em escola em Ulsan

Nesta sexta (19), um novo obstáculo surgiu. O antigo dono do terreno pediu às autoridades competentes que cancelem o contrato de compra assinado por Kim. Os motivos que levaram o ex-proprietário a isso são desconhecidos, mas acredita-se que as reclamações dos moradores da área tenham influenciado sua atitude.

Segundo dados da Federação Muçulmana da Coreia, existem cerca de 150 mil muçulmanos no país. Destes, cerca de 120 mil são trabalhadores oriundos de países como Uzbequistão, Bangladesh, Indonésia e Paquistão. Os outros 30 mil são estudantes e empresários.

Kim no meio de polêmicas

Mesmo tendo milhões de seguidores, Kim também esteve nas manchetes em agosto de 2020 após uma mulher acusa-lo de ter tentado agredi-la sexualmente em junho de 2019. O vídeo com a denúncia se espalhou nas redes sociais e obrigou o influenciador a postar uma mensagem de desculpas em suas redes sociais.

Kim confirmou os fatos denunciados, mas chegou a um acordo com a vítima.

Fonte: (1), (2)
Imagem: reprodução via Instagram
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Greyce Oliveira

Cearense de Fortaleza, é metade uma humana normal professora de Inglês e metade ELF(a) precisando (talvez) de tratamento para parar de falar no Super Junior toda hora.

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