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Conhecido como “God God” (Deus Deus), Moon Hyung Wook, de 24 anos, foi forçado a ir diante do publico hoje por decisão policial de revelar sua identidade. Ele cursava o 4º ano da faculdade e se desculpou com vitimas e seus familiares.
Veja também: Dossiê: “Nth Room” – O esquema de chantagem e exploração sexual de mulheres coreanas
Moon Hyung Wook foi colocado em detenção preventiva no dia 9 de maio, por criar e operar 12 grupos no Telegram parte de uma rede de exploração sexual virtual de mulheres . Ele é acusado por ter feito mais de 36 vítimas mulheres nos últimos 2 anos e por distribuir mais de 3 mil materiais de mídia sexual, nas 12 salas do “Nth Room”.
Segundo o site The Korean Times, a polícia de Gyeongsang indiciou Wook pelo abuso sexual de ao menos 21 mulheres e meninas. A maior parte das vítimas, de acordo com a publicação, é adolescente. A polícia ampliou as investigações, já que o homem confessou crimes contra 50 mulheres desde 2015. Em declaração à imprensa, Wook se desculpou: “Peço desculpas às vítimas e suas famílias. Acho que tive percepções erradas sobre sexo“.
O criador do Nth Room, rede de chats de exploração sexual na Coreia do Sul, identificado como Moon Hyung-wook, o God god, declarou em frente a uma delegacia:
— Louise Queiroga (@queirogalouise) May 18, 2020
“Peço desculpas às vítimas e suas famílias. Tive uma ideia errada sobre sexo”. Cr: koryodynasty pic.twitter.com/J1ppZw2U4I
Vale lembrar que o caso do Nth Room ganhou repercussão mundial pela quantidade de casos relatados e pela crueldade que as mulheres eram submetidas, como escravas sexuais, nas mãos de mais de 10 mil pessoas, virtualmente, em salas do Telegram.
O conteúdo destas salas se baseava em pornografia abusiva. Diversas imagens consistiam em fotos e vídeos onde as vítimas eram obrigadas a tirar suas roupas sob fortes ameaças, ter relações sexuais com algum homem designado, cortar o mamilo, cravar palavras como “escrava” ou algum nome com objeto cortante na própria pele, mutilar a própria genitália e até mesmo comer fezes. Dessa forma, os criminosos mantinham a vítima presa num esquema de chantagem e tinham cada vez mais material para ser vendido e distribuído nas salas.
Os links para os vídeos e fotos pornográficas nas salas eram vendidos e as transações, em grande parte, ocorriam através de pagamentos feitos com criptomoedas.
Por Bárbara Freire
Fonte: Korea Herald + The Korean Times
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