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Justiça Política

TIME inclui legisladora coreana na TIME100 Next: conheça Jang Hye-young

Na última quarta (17), a TIME divulgou a “TIME100 Next”. A lista inclui pessoas que, segundo as palavras da revista, estão ajudando a moldar o futuro. Os escolhidos estão divididos em 5 categorias: Artistas, Fenômenos, Líderes, Advogados e Inovadores. Dentre os 100 nomes escolhidos, está uma coreana: Jang Hye-young.



Jang Hye-young formou-se pela Korea Animation High School e trabalhou como animadora. Porém, o motivo que levou-a a ser notada não tem a ver com seu histórico cinematográfico, mas sim com uma causa com a qual se envolveu durante sua vida. Quando tinha apenas 13 anos de idade, sua família foi dissolvida quando uma de suas irmãs, que é autista e possui deficiência mental, foi enviada para uma instituição que cuidava de pessoas deficientes, onde viveria por mais de 15 anos. A outra irmã foi mandada para um internato e a mãe abandonou a família. O pai resolveu enviar Hye-young para morar com os avós.

Anos depois, Jang descobriu que a instituição que cuidava da sua irmã era abusiva com seus pacientes. Jang, então, decidiu retirá-la de lá e cuidar dela pessoalmente, trabalhando em animações para conseguir manter a si e sua irmã.

Em 2018, ela lançou o premiado documentário Grown Up no qual mostra sobre a vida das duas, que acabou aumentando sua fama como cineasta e advogada pelos diretos de pessoas com deficiência.


Pôster de Grown Up.
Fonte: Reprodução

Em abril do passado, aos 33 anos, Jang Hye-young foi eleita membra do Parlamento coreano, tornando-se uma das mais novas pessoas na história a ganharem o cargo. Desde que tomou posse, Jang já deixou sua marca ao promover uma legislação para proteger os aposentados por deficiência. Entre as suas iniciativas estão os esforços para aprovar uma lei que proíba a discriminação com base na orientação sexual ou identidade de gênero, que vem recebendo resistência de conservadores religiosos influentes e grupos empresariais.

Em janeiro deste ano, ela acusou o presidente do seu partido – Kim Jong-cheol – de abuso sexual, fazendo com que o mesmo renunciasse. Jang declarou que denunciou o então colega na tentativa de encorajar outras mulheres a fazerem o mesmo.

A eleição e a luta de Jang no parlamento é uma conquista em uma instituição onde 83% dos membros têm mais de 50 anos e apenas 19 são mulheres. O cenário ainda ganha mais importância ao lembrarmos da mentalidade ainda patriarcal, religiosa e conservadora que a sociedade coreana carrega.

Nos últimos 13 anos, seis tentativas de aprovação de leis anti-discriminatórias foram recusadas. Até mesmo o presidente Moon Jae-in se opôs a uma lei que legalizava uniões entre pessoas do mesmo sexo. Apesar dos esforços que acabaram sendo em vão, Jang destacou em uma entrevista que tais questões não podem esperar: “A essência da política está em fazer escolhas e se responsabilizar por suas ações e palavras.

Fontes: (1), (2), (3)
Imagem: Jung Yeon-je (AFP) – Reprodução
Não retirar sem os devidos créditos.

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