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[LISTA] 10 coisas que você não sabe sobre a Coreia do Sul

Aprendemos sobre a história e cultura da Coreia com dramas, k-pop e programas de variedades, mas ainda há muito a conhecer sobre o país. Por exemplo, você sabe quantas ilhas a Coreia tem? Ou qual é a comida mais consumida lá (uma dica: não é kimchi)? Selecionamos a seguir dez fatos curiosos sobre a Coreia do Sul que talvez você não saiba.



A Samsung é responsável por 15% do PIB da Coreia do Sul

Créditos: Grand Warszawski/Reprodução

Muita gente não curte economia nem matemática, mas vamos relembrar algumas coisinhas. O produto interno bruto (PIB) de um país é basicamente o valor total da produção nacional, como comércio, exportações etc. A fabricação de produtos da Samsung, maior empresa sul-coreana, corresponde a uma fatia de 15% do PIB do país — e isto não é pouca coisa.

A companhia prosperou no último ano, apesar da pandemia de Covid-19, justamente porque o consumo de eletrônicos aumentou nesse período. A Samsung foi a empresa que mais cresceu em 2020, conquistando um lucro operacional de 35,95 trilhões de wons. Enquanto isso, a Hyundai, marca automobilística em segundo lugar no ranking sul-coreano, registrou um prejuízo de 1,5 trilhão de wons e a avaliação da empresa equivale a cerca de 1/12 da estimativa da Samsung.


Mais de 7 milhões de porções de jajangmyeon são servidas por dia na Coreia

Créditos: Asian Inspirations/Reprodução

O prato mais consumido na Coreia não é o famoso kimchi, mas o macarrão com pasta de soja preta. Ele se tornou tão popular porque, além de ser barato, é uma comida rápida e fácil de preparar, então o jajangmyeon terminou virando aquele prato que os coreanos comem quando não têm muito tempo para cozinhar.

Apesar de ser o queridinho dos coreanos, o jajangmyeon não foi criado por eles. O prato é, na verdade, uma adaptação do macarrão chinês zhajiangmian. Ele desembarcou na Coreia por volta de 1905, quando um imigrante abriu um restaurante na Chinatown de Incheon. Hoje em dia o estabelecimento virou o Museu do Jajangmyeon e tem exposições para celebrar a comida preferida da Coreia.


Quase todo lugar da Coreia aceita cartão de crédito

Créditos: Park Ji-Hwan/Reprodução

Os coreanos são usuários ávidos de plástico e dinheiro vivo é pouco comum no país na hora de ir às compras. Lojas, restaurantes, delivery, táxis — todo lugar costuma aceitar cartão. Algumas exceções à regra são pequenos negócios, ônibus e vendinhas na rua, então é bom ter algum dinheiro em mãos caso viaje à Coreia.

Algumas pesquisas ajudam a ter noção de como o cartão é quase “onipresente” lá: em 2019, 71,7% dos gastos foram feitos no crédito. Aqui no Brasil, o modo de pagamento corresponde a 33% das despesas das pessoas (olha que diferença!). Além disso, em 2017, 27% dos brasileiros tinham algum cartão de crédito, contra 63,6% dos coreanos.


O breakdance coreano já ganhou muitos prêmios

Créditos: Seoul Beats/Reprodução

Qual é a primeira coisa que vem à sua cabeça quando falam de breakdance? Pouca gente sabe, mas os grupos de dança coreanos já ganharam muitos campeonatos internacionais do nicho. A prática de b-boy chegou na Coreia com os soldados americanos nos anos 1990 e logo ganhou popularidade no país. Hoje em dia, o Ministério da Cultura incentiva a realização de concursos e investe no breakdance.

E vem notícia boa aí: o breakdance foi anunciado como esporte das Olimpíadas de Paris, que têm data prevista para 2024. Esta é uma tentativa do Comitê de resgatar os baixos índices de audiência das outras edições dos Jogos, chamando a atenção de jovens para o evento. Na Coreia, há grande expectativa pela oficialização da modalidade, já que é a oportunidade dos b-boys e b-girls serem levados a sério pela sociedade.


20% dos coreanos têm o sobrenome Kim

Créditos: SBS/Reprodução

Um em cada cinco coreanos tem o sobrenome Kim, e quase 45% da população do país é da família Kim, Lee ou Park. Os clãs Jung e Choi fecham o ranking de sobrenomes mais comuns na Coreia do Sul. Existem cerca de 250 sobrenomes tradicionais na região e, por isso, boa parte dos coreanos compartilham o nome, mas isso não quer dizer que eles são parentes de sangue.

Mesmo assim, por anos existiu uma lei que impedisse o casamento entre coreanos com o mesmo sobrenome e ancestralidade. Só em 1997 que essa lei foi rejeitada pelo governo e removida da constituição. E, nos últimos anos, os nomes de clãs têm se diversificado no país: de 2000 a 2015, a quantidade de sobrenomes na Coreia cresceu quase 800%.



O Dia dos Namorados é comemorados duas vezes e tem até Dia dos Solteiros

Créditos: Beyond Hallyu/Reprodução

Enquanto o Brasil é “diferentão” e celebra a data no dia 12 de junho, a Coreia do Sul segue a tendência internacional de comemorar o Dia dos Namorados em 14 de fevereiro, no chamado Dia de São Valentim. Só que há algumas curiosidades na cultura: em fevereiro, as mulheres costumam dar presentes para os parceiros. Essa também pode ser a ocasião para declarar o seu amor para o crush com um chocolate.

Leia também: Valentine’s Day: 6 músicas de k-pop para se declarar

Aí, exatamente um mês depois, no White Day, dia 14 de março, é dever dos homens retribuir os presentes que receberam antes. Já os solteiros podem aproveitar a data para se confessar para alguma mulher. Mas não para por aí: no dia 14 de abril tem o Black Day, evento em que colegas solteiros se encontram para comer jajangmyeon e lamentar a solteirice. O nome da comemoração vem do prato de macarrão, que é feito com pasta de soja preta. O Black Day ainda é uma celebração mais “informal” em comparação aos outros dias e não recebe a atenção do comércio como o Dia de São Valentim.


A Coreia tem mais de 3 mil ilhas em seu território

Créditos: Travel Group/Reprodução

Quem não conhece a Ilha de Jeju? Ela é o destino certo das viagens românticas dos dramas, mas você sabia que a Coreia do Sul tem várias outras ilhas? De acordo com os cálculos, se você passasse um dia em cada ilha do país, levaria nove anos para conhecer todas. A maioria está localizada próxima ao litoral, a algumas horas da península, e elas têm atividades típicas bem diferentes das outras cidades da Coreia, como pescaria e agricultura.

Leia também: 6 lugares, além de Seul, para visitar na Coreia do Sul

As ilhas também trazem atrações diferenciadas. Por exemplo, a montanha mais alta da Coreia está em Jeju, e consiste num vulcão adormecido chamado Hallasan. Já a Ilha de Yeouido tem o festival das cerejeiras na primavera e é possível chegar até lá de metrô, porque é nessa região que se encontra o centro de investimentos do país.


A Coreia do Sul tem a Internet mais rápida do mundo

Créditos: AP/Reprodução

A média de velocidade da Internet móvel no mundo é de 35,96 Mbps, só que a conexão da Coreia é 3,4 vezes mais rápida do que este número. Para se ter uma noção, o Brasil tem cerca de 18,5 Mbps, o que é abaixo da média mundial. A Coreia recebe o título de Internet mais rápida há mais de 12 anos pelo levantamento da Akamai, uma empresa responsável por 15% a 30% de todo o tráfego virtual do mundo.

Além disso, a Coreia tem a rede 4G mais veloz do mundo, então dá para viver sem Wi-Fi lá sem problemas. O país também foi o primeiro a oferecer o serviço de 5G, em 2019, enquanto no Brasil a previsão é que a rede seja implementada apenas no segundo semestre deste ano.


A Ilha de Jeju é responsável pelo maior tráfego aéreo do mundo

Créditos: Royal Caribbean/Reprodução

A rota mais disputada de aviões está localizada na Coreia do Sul — mais especificamente, na Ilha de Jeju. Em 2017 houve quase 65 mil voos entre as cidades de Seul e Jeju. A viagem é tão comum que é possível pegar um avião da capital para a ilha a cada 15 minutos, e estima-se que cerca de 178 voos acontecem por dia entre as duas cidades.

O aeroporto de Jeju acolhe mais de 26 milhões de passageiros por ano e a ilha é uma atração no mundo todo por sua beleza natural. Outra vantagem do passeio é que Jeju é considerada uma província autônoma, então é possível visitá-la sem visto por um certo período de tempo. A viagem de Seul para Jeju dura menos de uma hora, o que é como voar do Rio de Janeiro para São Paulo, capital.


O coreano é a maior língua isolada do mundo

Imagem: Hojusaram/Reprodução

Não se sabe ao certo a origem da língua coreana. O registro histórico mais antigo do idioma indica que havia duas variações linguísticas na península coreana até que, no século VII, o dialeto do Reino de Silla se espalhou e ganhou força na região, tornando-se o coreano que conhecemos hoje. O idioma é considerado uma língua isolada pela maior parte dos estudiosos, o que quer dizer que o coreano não tem relação com nenhum outro idioma — diferente do português, por exemplo, que vem do latim.

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Por outro lado, há linguistas que acreditam que o coreano faz parte do grupo das línguas altaicas, conjunto que inclui o turco e o mongol. O coreano também é parecido com o japonês no quesito gramático (como, por exemplo, com a sequência sujeito-objeto-verbo) e tem algumas semelhanças de vocabulário com o mandarim.

Fontes: (1), (2), (3), (4), (5), (6), (7), (8), (9), (10), (11), (12), (13), (14), (15), (16), (17), (18), (19)
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