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7 livros de autores coreanos disponíveis no Brasil

Você costuma ler? Sabia que o hábito de leitura pode trazer vários benefícios que foram comprovados cientificamente? No Brasil é celebrado o Dia Nacional da Leitura no dia 12 de outubro, estabelecido pela Lei nº 11.899 de 8 de janeiro de 2009.

No Brasil, existe uma dificuldade para encontrar tradutores que saibam as línguas dos países do leste asiático, sendo um serviço caro. Isso faz com que seja difícil encontrar publicações brasileiras de livros coreanos, por exemplo. Separamos uma lista com alguns dos raros livros disponíveis em português escritos por sul coreanos. Confira a seguir!



A Espera


A Espera é uma graphic novel escrita por Keum Suk Gendry-Kim, que também escreveu Grama. O livro foi publicado no Brasil pela Editora Pipoca e Nanquim no dia 29 de julho de 2021.

Sinopse: Jina é uma romancista, filha de Gwija, uma senhora coreana que, aos dezessete anos, foi obrigada a se casar com alguém que não conhecia para escapar do destino cruel de servir às tropas japonesas como “mulher de conforto”, na Segunda Guerra Sino-Japonesa.

Apesar do casamento forçado, Gwija encontra a felicidade; mas ela durou pouco. Separada do marido e do filho durante a Guerra da Coreia, ela consegue chegar ao Sul e começar uma nova família, porém, sem jamais se esquecer da antiga.

Anos depois, Jina promete ajudar a mãe a encontrar seus amores de outrora, só que, tendo se passado 70 anos desde a trágica separação, essa espera torna-se cada vez mais aflitiva e desesperançada. Gwija, agora uma idosa de saúde frágil, vê-se cada vez mais distante do sonho de rever seus entes queridos e de fazer as pazes com o passado. 


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Amor pelas coisas imperfeitas

Amor pelas coisas imperfeitas foi escrito por Haemin Sumin, autor também de As coisas que você só vê quando desacelera. Foi publicado no Brasil pela Editora Sextante em março de 2019.

Sinopse: O monge zen-budista Haemin Sunim ensina a arte de cuidar de si mesmo e de se relacionar com os outros com a sabedoria e a delicadeza que o tornaram conhecido no mundo todo.

Tratando de temas como aceitação, cura, coragem, família, fracassos, empatia e perdão, ele apresenta suas reflexões sobre como enxergar o mundo e a si próprio com maior compaixão.

Ele nos mostra que, quando aceitamos a nós mesmos – e os defeitos que nos fazem ser quem somos –, podemos ter relacionamentos plenos e gratificantes e nos sentir em paz.


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Atos Humanos

Atos Humanos foi escrito por Han Kang, autora também da obra A vegetariana. Foi publicado no Brasil em maio de 2021 pela Editora Todavia

Sinopse: Em maio de 1980, na cidade sul-coreana Gwangju, o exército reprimiu um levante estudantil, causando milhares de mortes. O evento de trágicas consequências foi transfigurado nesta ficção extraordinária, poética, violenta e repleta de humanidade. Construindo um mosaico de vozes e pontos de vista daqueles que foram afetados. Atos humanos é a demonstração dos poderosos recursos literários de Han Kang, uma das autoras mais importantes da cena contemporânea.


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Coleção It’s Okay Not To Be Okay

O K-drama It’s Okay to Not Be Okay é sobre um encontro entre uma escritora de livros infantis e um cuidador de doentes mentais que dão início a uma jornada de superação dos problemas emocionais que ambos enfrentam. As obras que aparecem na série são escritas por Jo Yong e ilustrados por Jam San e foram publicadas no Brasil pela Editora Intrínseca

A coleção é composta por 5 livros, sendo eles:

O Menino Que Se Alimentava de Pesadelos: Um garotinho é assombrado por pesadelos terríveis. Para tentar dar fim a esse tormento, vai até as profundezas da floresta e faz um pacto com uma bruxa. Ela apagará todas as lembranças ruins de sua mente, contanto que ele prometa que se tornará um adulto feliz. O acordo parece simples, mas o preço a ser pago caso ele não cumpra a promessa pode ser alto demais. 

Criança Zumbi: Um menino de pele muito pálida e olhos bem grandes nasceu num pequeno vilarejo. Conforme crescia, sua mãe percebeu que ele não tinha sentimentos e que sentia uma fome insaciável. Todo dia ela roubava animais das casas vizinhas para dar à criança. Quando uma pandemia espalha a morte pelo lugar, a mãe se vê obrigada a tomar medidas inimagináveis para salvar a vida do filho. 

O Cão Alegre: Conhecemos um cãozinho que vivia amarrado a uma árvore na entrada de um vilarejo. Ele sempre abanava o rabo e era muito brincalhão, mas, ao cair da noite, só fazia chorar, porque na verdade queria se livrar da coleira e correr pelo campo florido sem amarras. Num dia ensolarado, numa conversa com seu coração, o cão se dá conta de que a chave para sua liberdade pode estar mais perto do que ele imaginava. 

A Mão e o Tamboril: Embarcamos na história de uma mãe que amava muito a filha e que jurou lhe dar tudo, até o Sol e a Lua. Ela a mimava de todas as formas, tornando-a completamente dependente e incapaz de agir por conta própria. Quando a mãe então implora pela ajuda da filha, a criança nada tem a oferecer, e as consequências dessa relação conflituosa são drásticas. 

Em Busca Da Feição Real: Narra a aventura de três crianças que tiveram o rosto roubado por uma bruxa. Com o passar do tempo, elas decidem que, para serem felizes novamente, precisam recuperar suas feições verdadeiras. Então embarcam em uma jornada repleta de desafios e de encontros surpreendentes, que vai lhes ensinar que para sermos felizes precisamos de coragem para nos livrarmos de nossas máscaras.


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Memórias de um Freixo

Memórias de um Freixo foi escrito por Kun-woong Park, que costuma abordar o trauma causado pela Guerra da Coreia e o efeito na sociedade coreana. Com lançamento previsto para o dia 31/08 no Brasil, já está disponível para pré-venda e será publicado pela Editora Conrad.

Sinopse: Adaptado de um livro do escritor coreano Choi Yong-tak, Memórias de um Freixo retrata um momento dramático e violento da história recente coreana conhecido como o “Massacre das Ligas Bodo”. Durante o verão de 1950, logo no início da Guerra da Coreia, as autoridades sul-coreanas organizaram a eliminação de dezenas de milhares de civis, oponentes políticos declarados ou simples simpatizantes, por medo do contágio comunista.

Esse massacre, realizado pelo exército e pela polícia sul-coreanos, deixou entre 100.000 e 200.000 mortos, incluindo mulheres e crianças. Posteriormente, o evento foi deliberadamente obscurecido pela história oficial da Coreia do Sul. Apenas na década de 1990 que valas comuns foram encontradas e alguns perpetradores do crime foram chamados a testemunhar.

Nesta história cujo narrador é uma árvore que habita um dos vales onde ocorreram os massacres, o autor mobiliza o leitor por meios gráficos excepcionais através de um conjunto de imagens de beleza sombria e marcante. Kun-woong Park é um autor virtuoso e comprometido, e faz um trabalho de longo prazo que visa exorcizar os erros dos governos coreanos desde a independência em 1945.


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Sociedade do Cansaço

Sociedade do Cansaço foi escrito por Byung-Chul Han, autor também de outras obras como: No enxame: Perspectivas do digital, Agonia do Eros e Favor fechar os olhos: Em busca de um outro tempo. Foi publicado no Brasil pela Editora Vozes em janeiro de 2015.

Sinopse: Os efeitos colaterais do discurso motivacional, o mercado de palestras e livros motivacionais está crescendo desde o início do século XXI e não mostra sinais de desaquecimento. Religiões tradicionais estão perdendo adeptos para novas igrejas que trocam o discurso do pecado pelo encorajamento e autoajuda. As instituições políticas e empresariais mudaram o sistema de punição, hierarquia e combate ao concorrente pelas positividades do estímulo, eficiência e reconhecimento social pela superação das próprias limitações. Byung-Chul Han mostra que a sociedade disciplinar e repressora do século XX, descrita por Michel Foucault, perde espaço para uma nova forma de organização coercitiva: a violência neuronal. As pessoas se cobram cada vez mais para apresentar resultados – tornando elas mesmas vigilantes e carrascas de suas ações. Em uma época onde poderíamos trabalhar menos e ganhar mais, a ideologia da positividade opera uma inversão perversa: nos submetemos a trabalhar mais e a receber menos. Essa onda do ‘eu consigo’ e do ‘yes, we can’ tem gerado um aumento significativo de doenças como depressão, transtornos de personalidade, síndromes como hiperatividade e burnout. Este livro transcende o campo filosófico e pode ajudar educadores, psicólogos e gestores a entender os novos problemas do século XXI.


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Sukiyaki de domingo

Sukiyaki de domingo é escrito por Bae Su-ah e é a sua primeira obra traduzida para o português. Foi publicado no Brasil em agosto de 2014 pela Editora Estação Liberdade.

Sinopse: Primeiro romance sul-coreano com tradução vertida diretamente do idioma original, o livro se envereda por um lado underground da Coreia do Sul, definitivamente destoante de glamour capitalista embutido na reluzente imagem de Tigre Asiático. Com estrutura fragmentária, a narrativa de forte crítica social mostra como a falta de dinheiro, ou a busca por ele, afeta o cotidiano ordinário – por vezes desembocando na violência – de uma série de personagens, entre vagabundos, desempregados, jovens atrás de um “bico” e outras figuras igualmente marginalizadas pela sociedade.


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Você já leu algumas dessas obras?

Confira também: 7 autores coreanos publicados no Brasil para conhecer este ano.


Por Ellen Sayuri.
Fontes: (1), (2), (3)
Imagens: Unsplash e Amazon


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