Nesta sexta (05), ocorreu o primeiro julgamento do ex-CEO da YG Entertainment, Yang Hyun Suk, sob acusação de ameaça à uma testemunha. A sessão ocorreu no Tribunal Central do Distrito de Seul e foi conduzida pelo juiz Yoo Young Geun.
Antes do julgamento, houveram duas audiências preliminares. Na primeira delas, ocorrida em agosto, a defesa de Yang Hyun Suk negou que ele tenha ameaçado a testemunha do caso envolvendo o uso de drogas por B.I, na época ainda artista da YG. O caso de B.I já foi encerrado e o rapper foi condenado a 4 anos de liberdade condicional.
O julgamento de hoje foi a primeira ocasião que Yang compareceu pessoalmente, pois os réus não são obrigados a comparecerem em juízo às audiências preliminares. Quando pedido para que se identificasse, Yang se apresentou como ex-produtor geral da YG Entertainment. Através de sua defesa, ele reforçou que não ameaçou a testemunha – identificada como A – do caso: “É verdade que encontrei A, que informou a polícia sobre as suspeitas de B.I ter comprado drogas, mas não é verdade que a ameacei ou forcei-a a dar falsos testemunhos“.
Uma das testemunhas ouvidas na ocasião foi B (citado em alguns artigos como Choi), o policial que primeiro questionou A no caso original. O testemunho de B lê-se:
“Em agosto de 2016, após prendermos A em sua residência por uso de drogas, confiscamos seu telefone, fizemos uma busca pelo seu histórico de conversas e encontramos evidências de que ela vendeu drogas para B.I. Tiramos prints dessas conversas e questionamos A sobre elas.
A concordou em cooperar na investigação sobre B.I e a promotoria dispensou seu primeiro mandado de prisão, mas, na tarde do dia em que foi dispensada, A disse que teve uma reunião importante e adiou seu interrogatório para o dia seguinte. Após isso, a polícia não conseguiu mais contato com ela.”
Quando a polícia conseguiu interrogar A como testemunha do caso de B.I, A afirmou que havia vendido drogas para ele e, quando representantes da YG descobriram, ela foi chamada à sede da gravadora e ameaçada. De acordo com B: “A nos contou que o representante da YG lhe disse, ‘Se você vender drogas de novo, faremos com que você não consiga mais viver na Coreia. Eliminaremos você da face da terra’“. Isso foi por volta de junho de 2016.
O ponto principal da acusação é se A recebeu ameaças de Yang Hyun Suk para mentir em seu depoimento sobre o caso de B.I. De acordo com B, após conseguir um advogado, A mudou a sua versão inicial: “Chamamos A em agosto de 2016 para interrogá-la sobre a suspeitas de uso de drogas por B.I, mas o advogado de A não permitiu que ela falasse tudo do início ao fim e respondeu ele próprio todas as nossas perguntas. O advogado agiu de forma estranha no depoimento dela sobre B.I. A estava extremamente cautelosa quando falava dele. Porém, quando o advogado saiu brevemente, A começou a chorar e disse ‘Me desculpe’. Tentamos persuadi-la, mas ela continuou dizendo, ‘Você sabe que eu não posso falar. Não posso fazer nada sobre isso'”.
Como evidência, foi revelada uma gravação de uma conversa entre Choi (B) e Han Seo Hee (A) em 2019. Na gravação, Choi tenta persuadir Han para dar uma entrevista a um jornal. Choi afirmou: “Na época, Han Seo Hee disse coisas como, ‘Se o Yang Hyuk Suk tivesse me dado 500 milhões de wones, eu manteria minha boca fechada. Acabarei com ele. Odeio ele“.
No total, sete testemunhas serão ouvidas pelo tribunal. Entre elas estão B.I e a testemunha A. O próximo julgamento está marcado para o dia 6 de dezembro.
Fonte: (1)
Imagem: My Daily (reprodução)
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