Nesta sexta (21), Moon Seong-hyeok – Ministro dos Oceanos e da Pesca sul-coreano – declarou que a Coreia não pretende retomar a importação de frutos do mar do Japão.
O banimento existe desde 2013, quando o país suspendeu a importação de frutos do mar vindos de oito províncias próximas de Fukushima, região onde ocorreu o desastre em uma usina nuclear em 2011. Com isso, o motivo usado pelo governo sul-coreano foi a preocupação com os níveis de radiação dos frutos do mar.
Porém, caso considerasse retirar o banimento, a Coreia do Sul poderia entrar no Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (conhecido pela sigla em inglês CPTPP). O acordo envolve 11 países incluindo a Austrália e o Japão. E são justos os japoneses os mais relutantes em concordar com a entrada sul-coreana no acordo.
Apesar disso, o Ministro Moon declarou que assuntos ligados à regulação dos produtos vindos de Fukushima e a inclusão do país na CPTPP são “dois assuntos separados”. A entrada da Coreia no acordo, porém, só ocorrerá se todos os atuais 11 membros concordarem.
Além disso, o Ministro Moon disse que conversou com autoridades japonesas para que divulgassem um plano transparente e detalhado de como pretendem descartar a água radioativa retirada da usina danificada. Nas palavras dele: “É necessária uma verificação de forma objetiva e científica. O Japão também precisa ter consultas plenas com os países vizinhos para tomar a decisão de descarte“.
No ano passado, o Japão anunciou o plano de iniciar o descarte de mais de 1.2 milhões de litros de água contaminada com trítio no oceano pacífico a partir de 2023.
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Imagem: AP – Yonhap (reprodução)
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