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Política

Fãs do BTS estão descontentes com políticos usando o grupo para autopromoção


No próximo mês, Yoon Suk-yeol iniciará seu mandato como novo presidente da Coreia do Sul. E um detalhe sobre a cerimônia de posse causou descontentamento entre fãs do BTS. Conforme apurado pelo The Korea Herald, o comitê responsável pela transição política está sendo criticado por considerar a possibilidade de convidar o grupo para o evento.

Mais de 1000 comentários com queixas sobre a ideia foram deixados no site do comitê. Alguns diziam:

“A cerimônia de posse não é um festival.”

“O BTS não é brinquedo de político.”

“Não use o BTS politicamente.”

Diante da repercussão negativa, o comitê divulgou uma nota às 19 horas da quarta-feira (06) informando que não planejavam uma apresentação do BTS na cerimônia e nunca haviam feito nenhuma sugestão de que isso aconteceria ou sequer contatado a HYBE para convidar o grupo.

Porém, cerca de três horas depois, um novo comunicado informou que eles estariam “revendo” a possibilidade, mas que não havia nada confirmado até então.

Ainda na época das campanhas eleitorais, Yoon já sofria críticas por fazer menções ao BTS em suas propagandas. Uma delas foi um vídeo trazendo uma imagem digital do então candidato feito por inteligência artificial (IA) cujo título era “O Yoon Sul-yeol de IA se juntará ao coração roxo do Army”. Army é o nome do fandom do grupo e o roxo é uma referência à frase usada por V para declarar seu amor aos fãs. O conteúdo foi postado no canal oficial de Yoon no YouTube e retirado pouco depois após fãs reclamarem.

Mesmo antes da sua posse oficial, Yoon já segue o mesmo caminho feito pelo Presidente Moon Jae-in. Em novembro do ano passado, Moon fez uma visita à sede da Organização das Nações Unidas acompanhado do BTS. Na ocasião, o grupo fez um discurso e lançou um vídeo da faixa Permission to Dance. Bem antes disso, em setembro, todos os membros receberam passaportes diplomáticos do governo, tornando-os enviados especiais do presidente.

Apesar de todo o engajamento causado pela ação, Moon enfrentou críticas de outros políticos e da mídia sul-coreana antes mesmo de voltar ao país. O presidente foi acusado de usar a popularidade do grupo de forma política e convidá-los somente “pelo show”. Tempos depois, a Casa Azul explicou que “a ONU havia convidado o grupo”, não o presidente.

Outro assunto que pode render atenção para os políticos é a questão do alistamento do grupo e se os membros merecem ou vão, de fato, serem dispensados do serviço militar obrigatório para todos os cidadãos sul-coreanos. Uma lei apelidada “Lei BTS” permitiu que os integrantes do septeto pudessem adiar seus alistamentos até completarem 30 anos na idade internacional.

Tendo nascido em 1992, Jin – o mais velho do grupo – terá que se alistar até dezembro deste ano. Até o momento, não há qualquer declaração oficial da HYBE indicando se todos os membros servirão juntos para diminuir o hiato do grupo.

A onda de debates sobre a questão fez com que Lee Nak-yon – ex-presidente do Partido Democrático – pedisse aos colegas políticos que parassem de falar sobre o assunto alegando que o público se sentia desconfortável ao ver discussões politicas sobre o alistamento do BTS.

Os políticos sul-coreanos não são os únicos alvos de acusações do gênero. O Grammy Awards também foi criticado por, pelo segundo ano consecutivo, convidar o BTS para fazer parte da cerimônia e não premiar o grupo. De acordo com os fãs, a premiação só tem interesse na presença do grupo para publicidade e não os merece.

Fonte: (1)
Imagem: BTS via Twitter
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