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Política

Guarda de mascotes presidenciais segue indefinida

Nesta semana, a política sul-coreana ganhou um capítulo focado em cachorros. Durante uma visita à Coreia do Norte em 2018 quando ainda era presidente do país, Moon Jae In recebeu presente de Kim Jong Un dois cachorros da raça Pungsan como símbolo da amizade entre os países.

Gomi e Songkang viraram, então, os mascotes presidenciais do país. Porém, com o fim do governo de Moon e a eleição de Yoon Suk Yeol, um impasse sobre quem ficaria com os animais surgiu.

Antes da sua posse, Yoon sugeriu que os cães ficassem com seu antecessor, mas uma lei do país dificultou isso. Segundo o texto, todos os presentes – sejam criaturas vivas ou objetos – recebidos por um presidente durante o seu mandato pertencem ao governo e devem ser mantidos no Arquivo Presidencial, órgão responsável por cuidar destes bens.

Como obviamente não podem arquivar um ser vivo, o órgão permitiu que Moon cuidasse dos cachorros na sede presidencial, após deixar o cargo, concedeu-lhe uma tutoria temporária para que os levasse para sua casa.

Na terça (08), um capítulo inesperado começou a ser escrito quando Moon devolveu os cães ao governo. Os cachorros foram levados à um hospital veterinário em Daegu para serem examinados e, após isso, seus destinos tornaram-se uma incógnita.

Representantes de Moon informaram que o ex-presidente tinha intenção de ficar com os cachorros, mas que estava tendo gastos excessivos para mantê-los, cerca de 2.5 milhões de wones por mês (quase R$ 10 mil).

Moon, então, entrou em contato com o Arquivo Presidencial e com o Ministério do Interior e da Segurança sobre a possibilidade de revisar o texto da lei sobre os presentes presidenciais para permitir que ele conseguisse verbas estatais para cuidar dos cães.

O Ministério do Interior e da Segurança deu uma resposta positiva e garantiu que isso seria logo posto em prática, mas por “razões desconhecidas” o andamento da proposta foi interrompido. Como nenhum progresso foi feito nos últimos seis meses, os representantes de Moon chegaram à suposição de que isso poderia ter sido fruto de uma objeção do governo de Yoon.

Os representantes do ex-presidente disseram ter ficado chocados com as “más intenções” do governo por algo tão pequeno. Moon estaria triste de ter que dar adeus aos cães, mas desejou que o Arquivo Presidencial cuide bem deles.

O atual governo, porém, negou as acusações de tentarem alongar o processo e afirmou que foi o ex-presidente que não quis esperar a decisão final. Além disso, alegaram que a decisão de Moon de devolver os cães não tem nada a ver com o governo e foi culpa apenas do ex-presidente. O partido People Power, do qual Yoon faz parte, também atacou Moon acusando-o de ter abandonado os cachorros.

Em uma postagem no seu Facebook na quarta (09), Moon rebateu as críticas e disse que deveria receber um agradecimento por ter enchido os cães de amor e também por cuidar deles com seu próprio salário por seis meses desde que deixou o governo.

A busca por um novo lar para Gomi e Songkang

O Arquivo Presidencial entrou em contato com zoológicos em Gwangju e Daejeon para perguntar se algum deles pode tomar conta dos cachorros, mas recebeu resposta negativa de ambos.

O portal JoongAng Ilbo entrou em contato com representantes dos locais contatados para saber mais detalhes sobre o caso. O local em Gwangju foi o Parque Uchi, que é filiado ao governo local. De acordo com o porta-voz do parque, a resposta negativa dada ao governo foi por temer a segurança dos cães: “Mesmo se cuidássemos bem deles, se alguém tentasse machucá-los ou roubá-los a culpa seria toda nossa“.

Já o O-World, em Daejeon, citou a falta de espaço para aceitar novos animais. Ambos locais cuidam de outros cães da raça Pungsan dados a ex-presidentes sul-coreanos no passado.

Fonte: (1), (2)
Imagem: News1
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