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[LISTA] Seis filmes coreanos para assistir no Mubi


Os filmes coreanos estão dominando a indústria de entretenimento. Com roteiros bem desenvolvidos e ótimas qualidades de som e imagem, produções como Parasita e Minari ganharam palco internacionalmente e foram parte de grandes premiações, como o Festival de Cannes e o Oscar. Além dos mais conhecidos, outras obras cinematográficas coreanas são capazes de envolver o público por tocarem em assuntos sensíveis.


O Mubi é uma plataforma de streaming conhecida por trazer filmes de diversos países e épocas – em sua maioria filmes cult. Durante este mês, a plataforma está exibindo filmes coreanos com histórias simples, cotidianas, mas muito engajadoras, que levam o espectador a pensar sobre a vida e a forma de tratar as pessoas. A KoreaIN decidiu listar seis desses filmes para você conhecer.


The Recorder Exam (리코더 시험, 2011)

A história de Eunhee em seus conflitos escolares e familiares é desenvolvida nos 27 minutos do curta-metragem, cobrindo o evento de um “teste” de flauta. Ela e os colegas de classe se preparam para uma prova em que os que tirarem a nota mais alta podem convidar os pais para assisti-los tocar flauta. Eunhee passa por conflitos como a má situação financeira da família, a relação conturbada com seus pais e irmãos e a incompreensão das pessoas à sua volta sobre seus sentimentos. Em apenas 27 minutos, a diretora Kim Bo Ra consegue, no primeiro curta da carreira, olhar atentamente para uma criança, suas ações e tristezas através de uma perspectiva detalhista. Este não é um curta dramático, mas traz as tristezas da vida de uma criança de forma realista e sensível.


Microhabitat (소공녀, 2017)

Microhabitat levanta questões importantes sobre o que é se tornar um adulto, o que é ser feliz e o que significa abdicar de pequenas felicidades na espera de uma felicidade futura. Mi So já tem quase 30 anos e trabalha com limpeza de casas. Ela mal tem dinheiro para pagar o aluguel, mas não consegue tirar da sua rotina seus cigarros e um copo de uísque depois do trabalho. Seu objetivo de vida é manter suas três fontes de felicidade em sua rotina: o cigarro, o uísque e seu namorado. Para isso, ela para de pagar o aluguel e passa a procurar seus antigos amigos de faculdade, com os quais ela tinha uma banda. Através da trajetória de Mi So por diferentes casas, a diretora Jeon Go Woon questiona o expectador sobre as maneiras de se ajustar à sociedade e se seriam elas que trariam felicidade às pessoas. Esta é uma obra simples, mas profunda. Através do cotidiano de Mi So, o espectador mergulha em reflexões sobre vida e sobrevivência.


The Bacchus Lady (죽여주는 여자, 2016)

O diretor E J-Yong, em A Mulher do Baco, levanta importante questões como o envelhecimento, a pobreza e a marginalização de pessoas na Coreia do Sul. O filme começa de uma maneira inusitada e encaminha o espectador pela trajetória de So Young, uma senhora prostituta que passa a tomar conta de uma criança cuja mãe está presa. Apesar do tema pesado, o filme de 110 minutos se desenvolve lentamente, mostrando que apesar da vida difícil, So Young se manteve gentil, empática e altruísta. O filme traz complexidade aos personagens, inclusive a alguns clientes de So Young que, pela idade, estão definhando mentalmente pelo sentimento de incapacidade e pelo abandono dos mais jovens. O filme aborda dramas familiares e a importância do dinheiro em cada um deles. Outros temas, como a transexualidade e a presença de estrangeiros na Coreia, são trazidos por personagens menores, o que enriquece ainda mais a diversidade de narrativas. É um filme que não traz cenas pesadas, mas uma mensagem forte de crítica social através das microviolências vividas principalmente por So Young. As microviolências podem ser tão pesadas quanto uma cena forte, então os expectadores mais sensíveis devem se preparar antes de assistir este filme.

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The First Lap (초행, 2017)

The First Lap é um filme de 100 minutos que conta a vida de um casal há 7 anos juntos. Vivendo uma vida comum, eles passam por questões como a convivência com as famílias, uma possível gravidez e as lutas financeiras do dia a dia. O diretor Kim Dae Hwan buscou uma história não dramática, sem grandes reviravoltas e sem uma grande crítica social como fundamento básico do filme. É um relacionamento extremamente comum que move a narrativa, e não segue uma jornada do herói, com início, ápice e fim claros. Os personagens te convidam a conhece-los intrinsicamente e acompanhá-los por situações tediosas ou divertidas do cotidiano. A passagem do tempo é importante e o espectador que se propuser a assistir deve se preparar para um filme lento e contemplativo.  


Lucky Chan Sil (찬실이는 복도 많지, 2019)

A diretora Kim Cho Hee traz as crises de meia idade através da divertida, porém, um pouco diferente Chan Sil. A protagonista é uma produtora que sempre trabalhou com o mesmo diretor e este morre no início do filme, deixando-a sem emprego. Ela então deve buscar um novo emprego, novos objetivos de vida e até um novo amor. O filme não é clichê e foge das obviedades de um enredo como este. Chan Sil tem que aprender mais sobre si mesma e sobre o que realmente a faz feliz. Para isso, surge também o fantasma de Leslie Cheung, um ator famoso de Hong Kong. Agora, já com 40 anos e vivendo com a avó, Chan Sil tem que lidar com grandes conflitos da vida. É um filme lento, mas que traz boas reflexões e uma outra percepção sobre o que o cinema pode significar para alguém.

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Moving On (남매의 여름밤, 2019)

Moving On, o título em inglês que significa “seguir em frente”, é uma forma bela e trágica de resumir o filme. A diretora Yoon Dan Bi consegue demonstrar com muita clareza e detalhe os diferentes tipos de mudança que podem atingir uma família em um mesmo momento. O pai se muda com seus dois filhos para a casa do avô das crianças pouco tempo depois de se divorciar. A filha mais velha tem que lidar com mudanças da adolescência, conflitos com a mãe e o irmão e um novo amor. A tia também passa a morar no mesmo lugar e lida com o fim de um casamento ruim. Cada um tem suas grandes e pequenas mudanças que coabitam e se chocam em determinados momentos da história. Há conflitos maiores, momentos tristes e felizes. O espectador é capaz de sentir o tempo correr e o efeito de cada novo passo dado pelos personagens na estrada da vida.

Fonte: (1)
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